A cidade da flânerie, do vazio e da errância em <i>Estorvo</i>, de Chico Buarque

Autores

  • Ewerton de Freitas Ignácio Universidade Estadual de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.26767

Palavras-chave:

Buarque, romance brasileiro contemporâneo, flâneur, experiência urbana.

Resumo

Este artigo tem por objetivo realizar uma leitura de Estorvo, publicado por Chico Buarque em 1991, tentando evidenciar que esse romance se configura como uma poética urbana do vazio e da errância individual, poética que se desdobra por meio das deambulações que o protagonista, aturdidamente, realiza pelas ruas de uma grande cidade. Nesse aspecto, interessa observar de que forma uma narrativa fragmentada – em seu conjunto e na linguagem que a plasma – se coaduna com o retrato da experiência vivida por uma personagem que, em meio a um cenário urbano – com breves referências a elementos do universo rural –, atravessa pela experiência da incompreensão mútua, da violência e da impossibilidade de uma plena comunicação com o outro, sempre na condição de um atarantado e perdido flâneur.

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Biografia do Autor

Ewerton de Freitas Ignácio, Universidade Estadual de Goiás

Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa pela UNESP de São José do Rio Preto, com estágio pós-doutoral em Literaturas de Língua Portuguesa pela UNESP de Assis. Coordenador do curso de Letras e professor titular nesse mesmo curso na UEG - Universidade Estadual de Goiás. Docente no MIELT - Mestrado Interdisciplinar em Linguagem, Educação e Tecnologias da UEG. Líder do Grupo de Pesquisa ERUDIO, desenvolve a linha de pesquisa Literatura e experiência urbana. Suas pesquisas têm como foco os seguintes temas: representação da cidade na literatura brasileira - do século XX à contemporaneidade - e campo e cidade na literatura brasileira: interfluências.

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Publicado

2012-10-22

Como Citar

Ignácio, E. de F. (2012). A cidade da flânerie, do vazio e da errância em <i>Estorvo</i>, de Chico Buarque. Nau Literária, 8(1). https://doi.org/10.22456/1981-4526.26767