Da natureza do artifício e dos artifícios da natureza: Simondon entre o natural e o artificial
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-1654.20866Palavras-chave:
Natureza, Tecnologia, Ontologia, Simondon, SubjetividadeResumo
O presente artigo é um ensaio sobre as possibilidades oriundas de distintas construções do conceito de natureza e a longa série de binarismos que pode daí advir: natureza e artifício, natureza e homem, natureza e cultura, etc. Desde a antiguidade até os nossos dias o construto “natural” serve para garantir unidade, estabilidade e harmonia para a ontologia, impedindo que o devir e a diferença maculem as simetrias do ser. No entanto, desde a mesma antiguidade temos uma série de propostas alternativas a este mundo: são perspectivas que afirmam o mundo como uma relação em devir, vendo tensão e criação como base da ontologia do mesmo. Um destes mundos é o que nos é apresentado pela filosofia de Gilbert Simondon: singularidades nômades em relação, tensão, disparando, transduzindo, produzindo um ser metaestável que torna patente ao nosso pensamento a impossibilidade de separar o artifício da natureza, diluindo toda a série conseqüente de binarismos que daí decorrem. Tal perspectiva nos abre a possibilidade de pensar a tecnologia de outras maneiras, para além das tecnofilias progressistas ou tecnofobias apocalípticas, esquecendo a lógica da dominação e substituição para poder pensar a relação homem-tecnologia a partir de uma ética da diferença.Downloads
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Publicado
2012-08-05
Como Citar
COSTA, L. A.; GALLI FONSECA, T. M.; AXT, M. Da natureza do artifício e dos artifícios da natureza: Simondon entre o natural e o artificial. Informática na educação: teoria & prática, Porto Alegre, v. 15, n. 1, 2012. DOI: 10.22456/1982-1654.20866. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/article/view/20866. Acesso em: 18 abr. 2024.
Edição
Seção
Artigos