O Paquistão e o terrorismo transnacional na Caxemira: entre o petrocínio real e a punição virtual (1989-2009)
DOI:
https://doi.org/10.22456/2178-8839.16646Palavras-chave:
Terrorismo Islamista Transnacional, Conflito da Caxemira, Serviço de Inteligência PaquistanêsResumo
O artigo analisa as organizações terroristas islamistas transnacionais que atuam na Caxemira desde 1989, formadas e patrocinadas por setores do Estado paquistanês, como a principal Agência de Inteligência do país, a Diretoria de Serviços de Inteligência Interligados, mais conhecida pela sigla e nome ISID – Inter-Services Intelligence Directorade, e o Exército nacional. A utilização de forças religiosas particulares na disputa com a Índia, que já dura mais de sessenta anos (desde 1947), atende a uma estratégia de Política Externa do Paquistão calcada no recurso à “Guerra por Procuração” como ferramenta essencial para a continuidade de sua ação bélica na região. Como forma de legitimar sua atuação na Caxemira, as organizações terroristas desenvolveram uma subversão da idéia da Jihad, na qual a guerra santa se transforma, por um lado, no único dever de qualquer fiel do Islã, e por outro, uma forma de promover uma limpeza religiosa contra todos aqueles que são considerados inimigos, com o objetivo de desestabilizar a administração indiana no Estado.
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