Re-significações de Vida e de Morte: delimitando modos de educar

Autores

  • Mara Ambrosina de O. Vargas UNISINOS
  • Dagmar E. Estermann Meyer UFRGS

Palavras-chave:

Estudos Culturais e Educação, corpo ciborgue, vida e morte, enfermagem em terapia intensiva.

Resumo

Neste artigo discutimos a dimensão educativa de um processo que denominamos de "ciborguização da enfermeira" a partir da análise do deslocamento das fronteiras entre vida e morte na contemporaneidade. Com base nos Estudos Culturais e em autores como Michel Foucault e Donna Haraway, examinamos manuais e protocolos assistenciais que dão sustentação ao trabalho que as enfermeiras desenvolvem em terapia intensiva, para demonstrar que as práticas discursivas fazem mais do que simplesmente designar e descrever o "real": elas criam e legitimam o que passa a ser reconhecido como sendo "a realidade". O exercício da análise permitiu problematizar a fragmentação do sujeito, a hibridização corpo-máquina no contexto da terapia intensiva e o deslocamento das fronteiras entre viver e morrer. Com essa análise procuramos argumentar que as lições de tecnologia no contexto de saúde, e a maneira como estas têm sido tratadas pelas/o estudiosas/os da área do intensivismo, contrastam com o consumo e a conversão desses/as profissionais em híbridos humanos-máquinas - ciborgues.

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Biografia do Autor

Mara Ambrosina de O. Vargas, UNISINOS

Professora na UNISINOS e enfermeira do Centro de Tratamento Intensivo Adulto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Dagmar E. Estermann Meyer, UFRGS

Professora na Faculdade de Educação da UFRGS, atual coordenadora do Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero, na mesma instituição.

Arquivos adicionais

Publicado

2003-06-01

Como Citar

de O. Vargas, M. A., & Estermann Meyer, D. E. (2003). Re-significações de Vida e de Morte: delimitando modos de educar. Educação & Realidade, 28(1). Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25663

Edição

Seção

Artigos