DA BELLICOSITAS A CIVILITAS:
TEODORICO O AMALO E A (RE)CONSTRUÇÃO DA ROMANITAS NA ANTIGUIDADE TARDIA (SÉCULO VI)

Everton Grein 1

 

Resumo: A monarquia legitima-se enquanto instituição de poder durante a Antiguidade Tardia. O legado romano é indubitavelmente decisivo nesse processo. A Pars Occidentalis, então sob domínio dos Hérulos, sofre uma nova intercessão no final do século V por Teodorico “O Grande” rei dos Ostrogodos (488-526) que se torna senhor da Itália entre 493-526 e tutor dos Visigodos entre 511-526. Com efeito, o processo da legitimidade régia passara pela leitura de diversos elementos político-institucionais fundamentais a sua sustentação, que caracterizaram uma nova forma de pensamento político na Antiguidade Tardia. O presente trabalho tem por objetivo discutir a construção das imagens políticas no período através da atuação do rei ostrogodo Teodorico, fundamentalmente, por meio da visão proporcionada pelas fontes do período tardo-antigo como Jordanes, Procópio de Cesaréia e Cassiodoro.

Palavras-chave:Antiguidade Tardia; Ostrogodos; Teodorico; Romanitas; Poder.

Introdução

Dentro das perspectivas historiográficas atuais, um dos campos que está se desenvolvendo com maior evidência é aquele que genericamente tem se denominado de Antiguidade Tardia. Sob vários aspectos, a proposição de barreiras cronológicas para o início ou fim de períodos históricos, é sempre uma das mais árduas incumbências ao ofício de historiador.
A Antiguidade Tardia, conforme tem sido defendida nas últimas três décadas por diversos especialistas 2, pode ser compreendida num recorte cronológico entre os séculos IV e VIII da era cristã 3 no entorno da bacia do Mediterrâneo ocidental. Uma época caracterizada, particularmente, pelos diversos matizes que projetam num amplo quadro social, formando a partir dessas transformações “outra civilização”. (MARROU, 1979, p.15). Com efeito, a Antiguidade Tardia poderá ser definida, em termos gerais, como uma fase bem distinta das proposições da historiografia do século XIX e boa parte do século XX, em termos de recorte espaço-temporal, pois ela abarca, por certo, uma ampla gama de discussões que, tendencialmente, negam aquele velho preceito da “ruptura total” com o passado, tal como imposto pela ideia da tradicionalista da divisão histórica.
Não obstante, durante largo período, a historiografia latino-americana evitou a utilização do termo Antiguidade Tardia, mantendo-se fiel à visão tradicionalista da história, na qual a transição da Antiguidade Clássica à Idade Média passava necessariamente por um momento de ruptura, pois, segundo tal concepção, naturalmente o mundo clássico deixava de existir, tendo abruptamente sido interrompido por conta dos invasores bárbaros, os principais responsáveis por essa ruptura.
Invariavelmente, entendemos que a Antiguidade Tardia foi um período caracterizado, por certo, por diversas transformações que adentraram o espaço social, econômico, cultural, religioso, ideológico e político. Notadamente, a fragmentação política do Mundo Romano projeta uma fase ímpar da História do Mundo Mediterrânico e da velha Europa, na qual a palavra “Transição” deve ser entendida de forma positiva e inovadora. Na sua antiga Pars Occidentalis, o Império Romano sofre sua desestruturação política naquele momento, mas a noção de Império, jamais será deixada de lado por aquelas entidades políticas que surgirão sob seus antigos alicerces: as monarquias romano-germânicas.
Dentre os diversos temas que poderíamos nos debruçar no referido período, optamos particularmente por um: nomeadamente, a política, a qual teve um papel fundamental nos demais processos de transformações e de reconfiguração das sociedades ocidentais pós-romanas. Nestes termos, conforme destacou Walter Pohl (1997, p.3), é fundamental notar a importância da História Política nesses termos, pois ela desempenha um papel determinante para o entendimento desse processo de constituição das monarquias romano-germânicas tardo-antigas.
Respeitando os limites do presente trabalho, propomos uma breve análise de uma dessas monarquias romano-germânicas: os Ostrogodos na época de Teodorico O Amalo, no limiar da VI centúria. Partindo duma análise das fontes históricas do período, tais como Jordanes 4, Procópio de Cesareia 5 e Cassiodoro 6, oferecemos uma reflexão sobre a constituição das imagens políticas da monarquia ostrogótica à época de Teodorico.

Desenvolvimento

A monarquia, seguramente, foi a única instituição ostrogótica claramente definida e regulada durante a Antiguidade Tardia. Seu processo de constituição passou pela leitura de diversos elementos político-institucionais legados pela tradição do pensamento clássico e baixo imperial romano do Ocidente, mas principalmente, com influência de Constantinopla, até que se colocasse verdadeiramente como uma instituição de poder nos tempos do rei Teodorico O Amalo, durante todo o primeiro quarto do século VI.
Teodorico era filho do chefe ostrogodo Teodomiro, da família dos Amalos, com uma concubina chamada Erelieva, nascido na região da Dácia por volta de 454. Desde muito cedo fora mandado por seu pai a Constantinopla, a corte do basileus Leão I (457-474) aonde recebeu uma educação baseada na cultura greco-latina. Sua primeira campanha militar ocorrera por volta de 471, quando convocou alguns homens de confiança de seu pai unindo aos seus, cruzou o Danúbio e atacou o rei sármata Babai que reinava após a vitória contra o general romano Camundo. Teodorico atacou-o e venceu-o, tomando como botim de guerra, sua família e seus bens, e logo após, conquistando a cidade de Singiduno (atual Belgrado) tomando-a contra os mesmos sármatas 8, voltando para junto de seu pai Teodomiro.
Com a morte de seu pai, em 474, ainda jovem, Teodorico assume o poder como chefe dos ostrogodos. O então basileus de Constantinopla Zenão 9 recebeu com alegria a notícia de que Teodorico havia sido proclamado rei por seu povo em 474, e logo lhe mandou uma correspondência solicitando sua presença à capital imperial do Oriente, de onde recebera títulos e honrarias, colocando-se verdadeiramente como um prócer do Império 10. Teodorico ganhou da corte de Constantinopla todo tipo de privilégios e honrarias, chegando inclusive a ocupar junto com Venâncio (prefeito de Roma) o cargo de Cônsul no ano de 484. Com efeito, apesar de todas as honrarias de Teodorico em sua passagem pela capital imperial do Oriente seu povo sofria com várias tribulações. Assentados próximos às regiões da província Ilírica, os godos de Teodorico sofriam com diversas privações. Após algum tempo, Teodorico se dirigiu ao basileus Zenão pedindo que o enviasse junto com seu povo até a região Hespéria 11, antes dominada pela autoridade de seus predecessores e, naquele momento, sob o jugo e tirania dos torcilingos e rugos 12.
Evidentemente que as relações quase fraternais entre Teodorico e Zenão, relatadas idilicamente por Jordanes, em nada se referem ao posterior desentendimento entre os dois por volta de 477/478. Sugerimos que tal desentendimento entre ambos deveu-se ao fato de Zenão ter nomeado a Odoacro como patrício dos romanos, o que teria causado descontentamento em Teodorico, que, dessa forma, procurou investir contra os Hérulos e seu líder. Um conflito que obrigara Zenão a fazer um acordo com Teodorico, permitindo-lhe invadir os territórios da Península Itálica não como patrício romano e sim como rei ostrogodo 13. Assim, Teodorico colocou em prática seus planos, adentrando pelo Sírmio e a Panônia, chegou à região do Vêneto. A batalha entre os Hérulos de Odoacro e os godos de Teodorico se deu nos campos de Verona no outono de 488 e, já no verão de 489, a grande batalha se deu às voltas do rio Isonzo. A resistência de Odoacro permaneceu ainda por mais três anos, até que, refugiado em Ravena, no ano 493 reconheceu a vitória de Teodorico, que segundo Jordanes, lhe poupou a vida num primeiro momento, contudo, dez dias após a rendição, o próprio Teodorico lhe atravessa com sua espada no palácio de Ravena 14.
O processo da legitimidade monárquica de Teodorico teve início após sua vitória contra Odoacro. Pois, tão logo destituiu ao chefe dos Hérulos, mandou uma embaixada ao rei dos Francos Clóvis (484-511), pedindo a mão de sua irmã em matrimônio 15. Clóvis lhe concedeu de bom grado, pois acreditava ser uma firme aliança para seu próprio reino e posteriormente, aos seus filhos Childeberto, Teodeberto e Hildeberto, acreditando que tão logo eles também se converteriam em aliados dos godos. Uma aliança que nunca se concretizara, pois, constantemente, lutaram entre si, inclusive na batalha dos francos contra os visigodos (aparentados com Teodorico) em Vouillè em 507, que ocasionou a derrubada do Reino Visigodo de Tolosa.
Na política exterior, Teodorico tratou de consolidar sua posição diante dos demais reinos bárbaros do Ocidente tardo-antigo. Antes do seu casamento com a franca Audofleda, Teodorico tivera duas filhas com sua concubina em Mésia, chamadas Teudigota e Ostrogota, as quais tratou de casar respectivamente com os reis Alarico II (484-507) poderoso rei visigodo de Tolosa, e a outra com Segismundo, rei burgúndio. Com efeito, na prática, esses casamentos significariam a Teodorico certa segurança e estabilidade, com relação ao limes ostrogótico do noroeste da Península Itálica. A prática dos casamentos entre as realezas bárbaras, como forma de assegurar a posição diante dos demais reinos romano-germânicos, fora muito praticados durante toda a Antiguidade Tardia, não apenas entre ostrogodos, mas com relação aos visigodos, francos, burgúndios, vândalos dentre outros.
Outra medida imediata tomada por Teodorico deu-se em relação a sua irmã, Amalafrida, que foi até a África, para ser desposada pelo rei vândalo Trasamundo 16 (496-523). Evidentemente, apesar das divergências das fontes, o fato é que, Teodorico uma vez mais levava a diante seu ambicioso plano do estabelecimento de uma nova ciuilitas, na qual se colocassem godos e romanos universis Gothis et Romanis 17. Desse modo, concordamos com o exposto por Saitta (1994) e Amory (2004), ao se referir à política externa teodoriciana para o Ocidente bárbaro, em que mesmo sendo caracterizada como bellicositas, assim o fazia pelo desejo da ciuilitas de seu povo 18.
As campanhas militares de Teodorico, no limiar do século VI, não foram menos ambiciosas. Em 504 envia o conde Pitza para a conquista de Sírmio sob o domínio dos gepidas. Pitza, em nome de Teodorico derrota o rei Trasarico e seu filho Trastila, dirigindo-se logo em seguida contra Sabiniano, chefe da milícia do Ilírico 19. Já no Ocidente, após a Batalha de Vouillè em que Alarico II, o genro de Teodorico, perde a vida e o Reino Visigodo de Tolosa para os francos de Clóvis em 507, ainda assim, o rei ostrogodo estabelece algumas vitórias. Morto seu genro, nomeia chefe ostrogodo Teudis como tutor de seu neto 20, Amalarico, ainda menor de idade, para os visigodos naquele momento estabelecidos em Espanha. A nomeação de Teudis significava ao mesmo tempo estabelecer a espécie de um tutorado sob o Reino Visigodo Espanhol. Nesses termos, as célebres palavras de Jordanes definem muito bem a política de Teodorico O Amalo para o Mundo Mediterrânico do primeiro quarto do século VI: “Nec fuit in parte occidua gens, quae Theodorico, dum adviveret, aut amicitia aut subiectione non deserviret” (Iord. Get. 303), ou seja, “em conclusão, enquanto viveu Teodorico não houve no Ocidente nenhum povo que não estivesse subordinado a ele, bem por amizade ou bem por submissão”.

Considerações Finais

No ano de 526, consciente de sua avançada idade 21, Teodorico convoca os condes mais notáveis do seu reino “convocans Gothos comites gentisque suae primates[...]” 22 e proclama Atalarico como seu substituto.
Teodorico em toda sua trajetória política se demonstrou um hábil militar, sendo em contrapartida durante suas ações militares um exímio político. Soube como poucos, administrar de um lado, fortes laços com os romanos orientais desde Zenão, e ao mesmo tempo desenvolver uma política paralela com os reinos bárbaros do Ocidente. Falando o latim ou o grego quando necessário, ou falando em armas se assim o fosse exigido. Intentou dominar os reinos bárbaros da antiga Pars Occidentalis do império, primeiramente através de uma hábil política de matrimônios e depois com diversas campanhas militares.
Mostrou-se um grande admirador e partícipe do legado cultura romana, e após as vitórias definitivas contra Odoacro acantonou seu povo no norte da Península Itálica, na região do rio Pó, e converteu Ravena em uma brilhante capital de um reino bárbaro que se colocava verdadeiramente, como o herdeiro legítimo da ciuilitas romana.
Já no final de seu reinado rompeu com a aristocracia romana, ainda assim, nos últimos momentos de sua vida, conforme nos relata Jordanes, Teodorico pediu aos seus, como se fosse um testamento oral, que todos honrassem seu rei, ao Senado e ao povo romano 23. Desse modo, o último desejo do rei foi guardado por seu neto Atalarico e sua mãe Amalasuntha, e por mais oito anos o Reino Ostrogodo de Ravena viveu em aparente tranquilidade.
Teodorico da família dos Amalos foi não somente artífice de um Reino Bárbaro no Ocidente tardo-antigo pós-romanos, mas um dos principais agentes propagadores da própria causa romana ainda sobrevivente no Ocidente, conforme salientado por Cassiodoro “publicae utilitatis ratione commoniti [...]” 24. Essa imagem era real, e mantinha-se através de sua romanidade, destacada numa inscrição “custos libertatis et propagator Romanis nominis 25, quer dizer, “o guardião da liberdade e propagador do nome Romano”, digno de ser chamado Teodorico O Grande.

 

The bellicositas to ciuilitas: Theodoric “The Amalo” and the (Re) Constructing of the Romanitas in Late antiquity (VI century)

Abstract:The monarchy as a legitimate institution of power during the Late Antiquity. Undoubtedly the Roman legacy is crucial in this process. The Pars Occidentalis, then under the Skiros, undergoes a new intersection at the end of the V century by Theodoric "The Great" King of the Ostrogoths (488-526) lord of Italy from years 493-526 and guardian of the Visigoths from 511 to 526. Indeed, the process of the royal legitimacy passed by the reading of several elements political and institutional support its which marked a new form of political in the Late Antiquity. This paper aims to discuss the construction of political images in the period through the actions of the Ostrogothic king Theodoric, primarily through the vision provided by the sources of the Late Antiquity period as Jordanes, Procopius of Caesarea and Cassiodorus.

Keywords:Late Antiquity. Ostrogoths. Theodoric. Romanitas. Power.

 

1 Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória / PR. Mestre em História UFPR. Email: evgrein@gmail.com.

2 Sobre esse aspecto existe uma extensa bibliografia da qual apontamos particularmente BROWN, 1972; LOT, 2008; MARROU, 1979; WEBSTER e BROWN, 1997; WHITE, 1966.

3 Importa precisar ainda que, as delimitações cronológicas para o período tardo-antigo não são um consenso entre os especialistas dessa temática. Para uma interessante discussão sobre esse aspecto, cf. FRIGHETTO, 2006, p.223-240.

4 IORDANES. Romana et Getica. De origine actibusque getarum, 1882. A qual passamos a citar como Iord. Get.

5 PROCOPIO DE CESAREA. La Guerra Vándala, 2000. A partir de agora, citado como Proc. Ces. Bell. Wand.

6 Cassiodori Senatoris. Variae, 1894. Que daqui em diante, citaremos como Cass. Var.

7 Iord. Get. 281.

8 Iord. Get. 282.

9 Zenão foi basileus do Império Romano do Oriente entre 474/475 e 476/491.

10 Iord. Get. 289.

11 A Hespéria, ou a região das Hespérides como chamado pelos gregos primitivos, pode ser identificada como as “terras ocidentais”, especialmente a Península Itálica. Posteriormente essa designação passou-se às terras do extremo Ocidente, nesse caso à Península Ibérica, daí a variação filológica do termo Hespéria (Hispania), também chamada de Ibéria, país dos Íberos (Strab. Geo. III, 4, 19). Para uma discussão completa vide: STRABO, 1999.

12 Iord. Get. 291. Essa passagem refere-se certamente à Roma (Hespéria) sob o domínio de Odoacro.

13 Assim chama nossa atenção José María Sánchez Martín na nota 383 da passagem supracitada (Iord. Get. 291) na tradução da Getica de Jordanes para o espanhol. Para tanto, cf. SÁNCHEZ MARTÍN, 2001.

14 Iord. Get. 295.

15 Iord. Get. 296. Interessante notar que Jordanes chama a Clovis de Lodoino (do germânico antigo Hlûdiuc, ou Chlodowich, também figurado como Clodoveo). Nessa passagem há um equívoco de Jordanes, pois, ele descreve que Teodorico mandou a embaixada pedir a mão da filha de Clóvis, Audofleda, conforme podemos notar em Iord. Get. 292 “[...] adsumit missaque legatione ad Lodoin Francorum regem filiam eius Audefledam sibi in matrimonio petit [...]” ([...] então enviou uma delegação à Lodoino [Clóvis] rei dos francos, em que pedia a mão de sua filha em matrimônio [...]). Na verdade Audofleda é a irmã do rei franco conforme nos conta Gregório de Tours em suas Historias Greg. Tur. III, 31 “Et quia Theudoricus Italiae Chlodovechi regis sororem in matrimonio habuit [...]” (Teodorico rei da Itália, que pediu em casamento Audofleda, irmã de Clóvis [...]) cf. GREGORII EPISCOPI TURONENSIS. Historiarum Libri X, 1951.

16 Iord. Get. 297-299. Assinalamos uma divergência de informações entre Jordanes e Procópio de Cesaréia. Jordanes (Get. 299) afirma que “Et ut in plenum suam progeniem dilataret, Amalafridam germanam suam matrem Theodahadi, qui postea rex fuit, Africa, regi Vandalorum coniuge dirigit Thrasamundo [...]” (E para que sua descendência se dilatasse o máximo possível, manda sua irmã Amalafrida, mãe de Teodado o que depois foi rei, a África, como esposa do rei vândalo Trasamundo [...]); Procópio (Proc. Bell. Wan. III, 8, 11) afirma que “Após a morte de sua mulher, que não chegou a lhe dar descendência nem masculina nem feminina, Trasamundo, com o desejo de assegurar seu trono da forma mais sólida possível, mandou emissários a Teodorico, rei dos godos, pedindo-lhe que lhe concedesse a mão de sua irmã Amalafrida, já que seu marido acabara de morrer”.

17 Cass. Var. I, 17, 1-2.

18 Sobre a civilitas e a bellicositas teodoriciana, vide AMORY, 2004, p.43-85.

19 Iord. Get. 300.

20 Iord. Get. 302.

21 Segundo nos sugerem as fontes, principalmente Jordanes, em 526, Teodorico deveria contar com 72 anos de idade (Iord. Get. 304).

22 Iord. Get. 304.

23 Iord. Get. 305.

24 Cass. Var. I, 17, 1-2 “Em razão do interesse público comum [...]”.

25 Segue conforme citado por SAITTA, 1990, p.391-403. A citação é da p.403.

Referências:

Bibliografia:

BROWN, P. O Fim do Mundo Clássico. De Marco Aurélio à Maomé. Lisboa: Verbo, 1972.

FRIGHETTO, R. Estruturas Sociais na Antiguidade Tardia Ocidental. In: VENTURA DA SILVA, G. MENDES, N. M. Repensando o Império Romano. Rio de Janeiro: Mauad, 2006. p.223-240.

LOT, F. O Fim do Mundo Antigo e o Princípio da Idade Média. Lisboa: Edições 70, 2008.

MARROU, H-I. Decadência Romana ou Antiguidade Tardia? Lisboa: Aster, 1979.

POHL, W. Introduction: The empire and the integration of barbarians. In: Kingdoms of the Empire. The integration of barbarians in Late Antiquity (Ed.W.Pohl). Leiden-New York-Köln: Brill, 1997. p.111-127.

SAITTA, B. “Custodia Legum cum Civilitatis est Indicium” Teoderico L’Amalo e la Civilità Romana. In: GONZALES BLANCO, A. Antiguedad y Cristianismo.Cristianismo y Aculturación en Tiempos del Imperio Romano. Murcia: Universidade de Murcia, 1990. p.391-403.

______. La civilitas di Teoderico. Rigore amministrativo, “toleranza” religiosa e recupero dell’antico nell’Italia ostrogota. Roma: L’Erma di Breschneider, 1994.

WEBSTER, L.; BROWN, M. (Ed.). The Transformation of the Roman World AD 400-900. California: California University Press, 1997.

WHITE, L. T. The Transformation of the Roman World: Gibbon’s problem after two centuries. California: California University Press, 1966.

Fontes:

IORDANES. Romana et Getica. De origine actibusque getarum. In: MOMMSEN, T. Monumenta Germaniae Historica. aa. Vol.I. Berlim: 1882. p.53-138.

Cassiodori Senatoris. Variae. Edição de MOMMSEN, T. Monumenta Germania Historica. aa. Vol. XII. Berlim: 1894.

GREGORII EPISCOPI TURONENSIS. Historiarum Libri X. Monumenta Germaniae Historica, Scriptores Rerum Merovingicarum. Edição de Krush, B.; Levinson, W. Hanover, 1951. p.1-537.

PROCOPIO DE CESAREA. La Guerra Vándala. In: FLORES RUBIO, J. A. Historia de las Guerras. Libros III-IV. La guerra Vándala. Madrid: Editorial, 2000. p.51-344.

SÁNCHEZ MARTÍN, J. M. Origen y Gestas de los Godos. Madrid: Cátedra, 2001.

STRABO. Geography. Books 3-5. Versão de JONES, H. L. Cambridge-Massachusetts-London: Harvard University Press, 1999 (Loeb classical Library).